On my iPod, whilst walking, thinking about Europe and its fate...and about countries and cultures I have still to discover.
Brexit...pra que?
Amália Rodrigues, Fado Português
O Fado nasceu um dia, quando o vento mal bulia e o céu o mar prolongava, na amurada dum veleiro, no peito dum marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha, meu chão , meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutas de oiro, vê se vês terras de Espanha, areias de Portugal, olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro do frágil barco veleiro, morrendo a canção magoada, diz o pungir dos desejos do lábio a queimar de beijos que beija o ar, e mais nada, que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria. Guarda bem no teu sentido que aqui te faço uma jura: que ou te levo à sacristia, ou foi Deus que foi servido dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia, quando o vento nem bulia e o céu o mar prolongava, à proa de outro veleiro velava outro marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.
letra de José Régio música de Alain Oulman
Avé Maria sagrada
Cheia de graça divina
Oração tão pequenina
De uma beleza elevada
Fado final
Avé Maria sagrada
Cheia de graça divina
Oração tão pequenina
De uma beleza elevada
Fado final
Levadas pelo vendaval
Surgirá um novo outono
Meu vago e manso final
Surgirá um novo outono
Meu vago e manso final
Vou dar à terra primeiro
As brancas mãos cor de cera
E ao vento caminheiro
Dar os meus cabelos d'hera
E os meus segredos d'amor
Vou dá-los à primavera
Tristes são meus olhos tristes
Vou levá-los ao mercado
Das fantasias desfeitas
Onde m'os tinham criado
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